joga–me à terra, ao frio da lama
num dia qualquer de outono e sob
a virtude acinzentada que se faz
pertinho do anoitecer, mas não
sem antes; soprarmos juntos todos os
dentes–de–leão, banharmo-nos
delirantes no suor de um rio de lírios
e sujarmo–nos dos pés à cabeça nos
trilhos das marias–fumaça, suas estações,
trilhas sonora e suas luas.
antes que os fungos denunciem
as nossas delinquência e insanidade.
não sem antes gozarmos selvagem
e profundamente todos os sabores
não catalogados ainda, pra justapor
nosso descaramento. um juramento
e estarei pronto pra verdade:
escreva–se à pedra a minha confissão:
“sabem da missa a metade.”

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“Mas não sem antes soprarmos juntos todos os
dentes–de–leão, banharmo-nos
delirantes no suor de um rio de lírios
e sujarmo–nos dos pés à cabeça nos
trilhos das marias–fumaça, suas estações,
trilhas sonora e suas luas”, saímos de cada poema, texto e palavra tua, encantados. É sempre e cada vez mais lindo! Viva, poeta!
Beleza, Hang! Sentimento afiado!
Coisa mais lindaaaa!!!!♥️
Será?
Meu amigo Hang, um grande aigo das palavras. Sempre lindo. Tamo junto!