vez ou outra tropeço
num verso guardado,
que se exibe feito novo,
mesmo trajado de trapo
velho e empoeirado.
numa gaveta encoberto
por underwear ou
por entre coisas
importantes demais
pra parecer
sempre a mesma,
depois de soprado
limpo e esticado,
vai se confortar
nos braços
d’outro poema.
no canto mais úmido
e iluminado da boca,
d’onde coça a úvula,
escorrega a poesia
escancarada e louca.
quando se distrai do mundo
e se perde e se abstrai,
pula o verso
por detrás da orelha;
pulula a pulga
e tinge as frutas e se
esconde por debaixo
das vergonhas.
o que temos no rosto:
maçãs vermelhas.
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Ah, estas maças vermelhas, que de vergonhas deveriam se transformar em esperanças!
Precisamos tanto, não é mesmo amigo?
Abraços.
E como!
E como!
Sutil! Aquele abraço aqui de Rodeio, Médio Vale do Itajaí!
Agradeço a leitura e a tão particular generosidade. Abração daqui, da margem direita do rio Itajaí-Açu.