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Texto pandêmico | o tempo

eu me recuso a empreender esforço pra alcançar, conscientemente, a precarização da vida. um desperdício; diante da pele fina que cai diante dos meus olhos ao fim de toda tarde.

é que graceja este sol, querendo ser sol. o ácido d’um estômago que corrói metais. também o sal. o cérebro processando o dia durante o sono. o sonho: o dna se desenrolando e flutuando por entre as cortinas pra alcançar o céu.

, dizem; não existe o medo. coincidência: dizem também não mais existir o cheiro dos tonais humanos. então, acabaram as metáforas e descubro que sempre fora luz.

volto ao tempo da profecia solar. o profeta me recebe e sorri com o brilho melânico daquela pele bonita dos afetos do astrorei e me atende com as mãos generosas à agua, mesmo tendo os pés calejados pelo padecimento.

eisme aqui.

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