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Tupã

um naco de fogo,
um pseudoacidente
e a pira é homônimo.
um piromaníaco errático
caminha sobre a tina dágua
e na borda, tropeça delirante,
pois a beira lhe afaga
feito um imenso
equipamento hidráulico:
eufórico, o elefante.
e pesa na mão do doido
a palha e o fósforo.
o atalho que risca hiperbórico
e de maneira triunfante,
quando raspa sem falha a unha
e queima a pesada
pedrafeno rolante.
eis a história:
uma fagulha na
cabeleira da tocha e,
nada assim tão bonito,
fora visto antes.
o povo agora zomba
da assustada casta:
pois é bem aí que
a valentia se afrouxa
e pinga nas costas,
no frasco tem água ardente.
confundese:
são gritos anárquicos
ou alegorias beligerantes
que se exibem urgentes
na sombra da tasca
que balança as tábuas
e as afrontam errantes,
sob a língua do vento
que tem a curiosa mania,
de não saber amar
do teto ao chão,
doutra forma senão;
incandescente?
em tempo?
nem tente!
nenhum animal
foi maltratado
neste poema,
que arde tudo
e queima,
mas nunca,
covardemente.

4 Comentários
  • Responder
    11 de fevereiro de 2024, 20:29

    Até tasca apareceu, ou melhor, sua sombra… Então tudo irá aparecer: de tanto usarem o versículo bíblico da ‘verdade’, eis que ela se apresenta…

    • Responder
      13 de fevereiro de 2024, 18:59

      Ainda alcanço esse nível de argumentação e, pra isso, penso num bom dedo de prosa com o amigo. Grato Estevam.

  • Responder
    12 de fevereiro de 2024, 10:54

    Muito belo, Hang. Força, incandescência. jogo, malemolência. Mandou bem!!

    • Responder
      13 de fevereiro de 2024, 12:26

      Grato Luiz Cláudio; mais um daqueles poemas que precisava libertar, aos amigos, com carinho.

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