um naco de fogo,
um pseudo–acidente
e a pira é homônimo.
um piromaníaco errático
caminha sobre a tina d‘água
e na borda, tropeça delirante,
pois a beira lhe afaga
feito um imenso
equipamento hidráulico:
eufórico, o elefante.
e pesa na mão do doido
a palha e o fósforo.
o atalho que risca hiperbórico
e de maneira triunfante,
quando raspa sem falha a unha
e queima a pesada
pedra–feno rolante.
eis a história:
uma fagulha na
cabeleira da tocha e,
nada assim tão bonito,
fora visto antes.
o povo agora zomba
da assustada casta:
“pois é bem aí que
a valentia se afrouxa“
e pinga nas costas,
no frasco tem água ardente.
confunde–se:
são gritos anárquicos
ou alegorias beligerantes
que se exibem urgentes
na sombra da tasca
que balança as tábuas
e as afrontam errantes,
sob a língua do vento
que tem a curiosa mania,
de não saber amar
do teto ao chão,
d‘outra forma senão;
incandescente?
em tempo?
nem tente!
nenhum animal
foi maltratado
neste poema,
que arde tudo
e queima,
mas nunca,
covardemente.

Deixe uma resposta Cancelar resposta
Posts recentes
Arquivos
- janeiro 2025
- dezembro 2024
- novembro 2024
- agosto 2024
- maio 2024
- abril 2024
- fevereiro 2024
- janeiro 2024
- dezembro 2023
- novembro 2023
- outubro 2023
- setembro 2023
- agosto 2023
- julho 2023
- junho 2023
- maio 2023
- abril 2023
- março 2023
- fevereiro 2023
- dezembro 2022
- novembro 2022
- outubro 2022
- setembro 2022
- agosto 2022
- julho 2022
- junho 2022
- maio 2022
- abril 2022
- março 2022
- fevereiro 2022
- janeiro 2022
- dezembro 2021
- novembro 2021
- outubro 2021
- setembro 2021
- agosto 2021
- julho 2021
- junho 2021
- maio 2021
- abril 2021
- março 2021
- fevereiro 2021
- janeiro 2021
- dezembro 2020
- novembro 2020
- outubro 2020
- setembro 2020
- agosto 2020
- julho 2020
- junho 2020
- maio 2020
- abril 2020
- março 2020
- fevereiro 2020
- janeiro 2020
- dezembro 2019
- novembro 2019
- outubro 2019
- setembro 2019
- agosto 2019
- julho 2019
- junho 2019
- maio 2019
- abril 2019
- março 2019
- fevereiro 2019
- janeiro 2019
- dezembro 2018
- novembro 2018
- outubro 2018
- setembro 2018
- agosto 2018
- julho 2018
- junho 2018
- maio 2018
- abril 2018
- março 2018
- fevereiro 2018
- janeiro 2018
- dezembro 2017
- novembro 2017
- outubro 2017
- setembro 2017
- agosto 2017
- julho 2017
- junho 2017
- maio 2017
- abril 2017
- março 2017
- fevereiro 2017
- janeiro 2017
- dezembro 2016
- novembro 2016
- outubro 2016
- setembro 2016
- agosto 2016
- julho 2016
- junho 2016
- maio 2016
- abril 2016
- março 2016
- fevereiro 2016
- janeiro 2016
- dezembro 2015
- novembro 2015
Até tasca apareceu, ou melhor, sua sombra… Então tudo irá aparecer: de tanto usarem o versículo bíblico da ‘verdade’, eis que ela se apresenta…
Ainda alcanço esse nível de argumentação e, pra isso, penso num bom dedo de prosa com o amigo. Grato Estevam.
Muito belo, Hang. Força, incandescência. jogo, malemolência. Mandou bem!!
Grato Luiz Cláudio; mais um daqueles poemas que precisava libertar, aos amigos, com carinho.