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Apneia

um espaço que habita
a acidez do cárcere.
donde o aperto,
entristece a fala
e faz doer e impede
o voo dos abraços
e recolhe o alcance
dos olhos
e da cura pelo verbo.
engolida e enclausurada
na púrpura do esquife,
aprisiona estrelas anãs.
sem sol não há voz;
então, torço para que
vicejalhe o silêncio
ou mais; para que
reconsideres a liberdade.

4 Comentários
  • Responder
    27 de dezembro de 2021, 12:38

    Eita! Reconsideres a liberdade! É disto que estamos falando e a escrever!

    • Responder
      28 de dezembro de 2021, 17:45

      Sempre precisamos falar sobre isso… Grato; forte abraço.

    • Responder
      28 de dezembro de 2021, 19:08

      “Sem sol não há voz”!! E o teu brilha imenso!! E lindo!! 🤩❤️👏👏👏

      • Responder
        11 de janeiro de 2022, 18:00

        Ô Helena, coisa boa receber esse calorzinho. Brigadão, viu?

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