depois de uns dias de sol-lidão em “terras pexêras”, sem que o astro–rei desse as caras, num certo vinte de outubro de dois mil e vinte e um, precisamente na quarta–feira, três dias depois do “dies dominica” ( “dia do senhor“, ou domingo, para os acostumados ) e ainda sob uma nebulosidade mais densa que pelo de capivara, o sol promoveu no cair da tarde, um espetáculo que me causou assombro. sofri, de fato, um impacto armagedonecatômbico, tal a belezura daquela bola de fogo. eita que resolveu se exibir como se tivesse comprado roupa nova na década de noventa!
no outro dia, ou, quatro dias depois do que é considerado o último dia da semana para os cristãos, saí pela rua sem celular e depois de um certo compromisso, passei pelo museu histórico de itajaí, que reabriu as portas após um limbo de mais de um ano por causdiquê a pandemia veio pra arregaçar as coisas todas, e senti, tudinovo, aquela sensação do sol aquecendo e alinhando a acústica do meu peito.
pra completar, antes de tomar o rumo de casa, passei num lugarzinho bem massa pra tomar um café diferentão. percebi de cara que o lugar leva muito à sério as olgas… olgas não; as normas: do alquingel, mascra e metremeio de distância dum indivíduo pro outro. mas o que mais me agradou mesmo ( depois do café e queijo quente, es–pe–ta–cu–la–res ), foi ver, logo na entrada, o jogo da amarelinha desenhada no chão ( e claro, antes de fazer o meu pedido, fiquei um tempinho parado no “céu” ) e enquanto aguardava, acompanhei com curiosidade, uma moça que procurava emprego, ali mesmo, na cafeteria.
nóta do escritô: saber que ainda entregam currículos em folhas “aquatro”, com o olho no olho e ver a interessada na vaga, ser acolhida com profunda gentileza e respeito, é de colocar a palavra esperança, novamente, entre as preferidas do meu “coraçãozinho esburacado”.
não se faça de rogado sol; venha nos visitar mais vezes nessa primavera…
Sempre fantástico!! Sou fã todo dia, com ou sem sol!! 😅☀️🌻
Coisa bem boa Helena… Feito abraço quentinho. Brigadãããooo!!!
Venha sol, mas, não precisa com a quentura dos 40° graus de setembro… rssrsrrsrs… Senão o coração esburacado não aguenta…
Hahahaha… Lembrei da música “Súplica Cearense” da banda O Rappa… É que aqui em SC e em Itajaí, o sol não aparecia há pelo menos dez dias. Eis a razão do contexto da crônica.
Abraços, caro Estevam.