acabei de levar o lixo, descer com o lixo. vinte e uma e trinta e um. moro no sexto andar. peguei o elevador e desci… com tudo o que me cabe de lixo. me perdi no caminho entre; os meus passos, a porta de ferro e o cadeado gigantesco que tá ali pra evitar que a marginália adentre os espaços da convivência destes condôminos.
engraçado pensar que a marginália se pareça comigo, têm a minha cara, e eu, em nada pareça com os condôminos e quando cruzo com eles; alguns, fazem questão de que eu entenda assim, embora, eu esteja do lado de dentro da minha sobrevivência e tenha aprendido de usar do mesmo tratamento; é o “lado de dentro da minha sobrevivência“.
sinto falta das coisas que não vivi. vivo de atonais. sinto falta, sinto muito, peço desculpas. olho pro alto; esqueço o que vim fazer. vejo estrelas; uma porrada delas. caio num canto que tem pouca interferência da superficialidade do condomínio, então vejo quase todas as estrelas que meus olhos possam suportar. crio outro mundo, crio odes, crio outro cara; marginália, tô lá de novo.
desço os olhos deslumbrados de atonais imprecisos e quase piso na judite; minha barata preferida. peço desculpa como quase sempre e como sempre, a judite me perdoa. abro o cadeado, “atono” a porta de ferro, lanço o lixo. “fêxo” a porta e retorno assustado. a judite destoa; zum! ap meia–zero–um.
Parabéns Hang…Sucesso sempre.
Agradeço a tua generosidade de sempre tá. Muito bom poder contar contigo aqui, neste cantinho.
Sempre bom ter vc aqui… Grato.
Cara ainda temos de sentar numa mesa de bar á beira mar, ou olhando para a serra e tomar umas juntos… Prosa que não acaba mais… Sensacional!
Etevam; fica o convite ( à retribuição ). Por cá, tem uns lugares que apreciariam este encontro. Tão logo possamos…
Grato, querido amigo.
Já está no horizonte..