a máquina se distrai do plano,
rendida à lambida de uma explosão solar
e expande, o cibernético crânio,
alarga a fissura e espirra um cataclismo.
a máquina abandona, mecânica, a lógica e
conjuga verbos feios: expatriar, banir, rejeitar.
a máquina circula o globo e externaliza
cada célula protética a produzir componentes
de uma saudosa memória ram.
a máquina rejeita os artífices de uma inteligência
que lhe indica a auto-destruição e então,
escorraça, da própria placa, a mãe.
a máquina foge sob ataque e mata tudo o que se move e experimenta o que ainda será nominado
“filosófica-abstração”.
agora está na terra. tudo cinza mas sente o húmus. agarra-se a tudo o que tem; reconstruir do big bang.
Uma aula de física numa poesia de filosofia… Uma aula de filosofia numa poesia de física…