tenho observado, durante a atmosfera da mansidão das minhas leituras, enunciados diferentes, discorrerem nas lâminas de papel. especialmente, caminhadas mais olfativas que antes e, venho exercitando a entrega a este tempo das coisas e, ociosamente, me entrego ao que entendo ser um convite à contemplação, então, primeiro aproximo as pálpebras umas às outras, para tirar proveito, me deixando levar pelo sensorial. recosto e capturo logo em seguida, apertando os olhos, brechas entre os grafismos do texto, feito sulcos, denunciantes.
numa dessas tardes, levitando entre o teto e o chão, pés e cabeça apontando cada qual a seu modo para os adornos precisamente destacados às paredes recém pintadas da sacada do apartamento 601, lendo das cousas de djamila ribeiro, vi merciana, nome de minha mãe, passeando por entre aqueles rios, deslizando por uma página à outra.
grato querida. era tudo o que eu estava precisando; sentir o cheiro do teu nome.
Que sensibilidade Hang! Texto emocionante.
Poxa Roseli, coisa bem boa ler isso… Grato viu?