tempos bastante duros, estes, do calendário em curso. a oratória vem dispensando aqueles cuidados da reciprocidade, tão comumente usados quando a ocasião era, a primeira, e se fazia razoável, pela regra essencial, causar boa impressão. depois do primeiro passo, os acostumados à ironia poderiam chafurdar e os puristas, traçariam sinapses ao modo kafka. mas não antes disso tudo. nunca antes.
agora, o cerne da palavra não tem sido atrelado à razão. o pensamento tem dispensado quaisquer habilidades de se controlar e se sentido confortável ao impulso e, mesmo aqueles admiráveis homens e mulheres que já atravessaram a balada do tempo, com louvor, exibindo acinzentadas madeixas, mas que não conhecíamos muito bem – eis a razão da nossa imprudente admiração – tem demonstrado total desfavor ao belo, destroçando por gosto, os ambientes construídos para a fraternidade.
é como se não soubessem que, cravada nos nossos ossos, a esperança, sempre bem alimentada, linda e bem trajada de verde, dança na ponta dos pés do necessário mas tresloucado revés, de quando em vez, que a vida nos imputa.
é como se tivessem esquecido, que tudo isso que aí está, passa e, a força do amor, hors concours da suprema arte humana, pinta e borda a rede da resiliência dos amantes, colocando-os, estes dispostos e esperançados seres, na primeira página da história.
já os obtusos destes tempos, sumirão. não há dúvida. serão inominados e, relegados a nada mais do que notas de rodapé. meu olho direito deu uma piscadinha. é um bom sinal. é promessa.
“É um bom sinal. É promessa!”
De tudo que tem de lindo!
❤️ Viva esse verbo abençoado que vc tem!! ❤️
Tiamuuuuu!!
Magnifico texto… Porém, temo que para a maioria que o ler, não passe apenas de mais uma promessa… semente que cai entre pedras e morrem sufocadas…
Belíssimo post. Já atravessarei a balada do tempo… e continuo querendo saber mais e mais… cheia de esperança. Bom domingo. Abraços