eu, um traço improvisado
vidrado nos dois cubos
do gelo hedonista
d’um pai no trono vaidoso
e…vingativo
eu, num disfarce de medo
por isso tanta prece
aos outros seres menos poderosos
mas em maior número
o que explica tanta pressa
( como se só isso e mais
três doses bastasse )
por isso, eu, um tonto atlético
feito meu irmão Hades:
fugidios e felizes
carregamos nosso Dionísio pra cá
tudo por amor, oh submundo
bela imagem dionisíaca da embriaguez… e esta pode ser tantas e várias e outras para além dos cubos de gelo… mas já está dito… na irmandade do inconsciente e do presente… submundo de nós mesmos…
feliz da vida quando isso acontece; o leitor(a) amigo(a), faz de um tudo para encontrar-se no texto e ainda tece suas linhas sem descarrilar o trem do poema. que mais querer?
gratidão mabel.