fbpx

Ânfora

eu, um traço improvisado
vidrado nos dois cubos
do gelo hedonista
d’um pai no trono vaidoso
e…vingativo

eu, num disfarce de medo
por isso tanta prece
aos outros seres menos poderosos
mas em maior número
o que explica tanta pressa
( como se só isso e mais
três doses bastasse )

por isso, eu, um tonto atlético
feito meu irmão Hades:
fugidios e felizes
carregamos nosso Dionísio pra cá
tudo por amor, oh submundo

2 Comentários
  • Responder
    27 de outubro de 2018, 14:19

    bela imagem dionisíaca da embriaguez… e esta pode ser tantas e várias e outras para além dos cubos de gelo… mas já está dito… na irmandade do inconsciente e do presente… submundo de nós mesmos…

  • Responder
    11 de setembro de 2019, 05:15

    feliz da vida quando isso acontece; o leitor(a) amigo(a), faz de um tudo para encontrar-se no texto e ainda tece suas linhas sem descarrilar o trem do poema. que mais querer?

    gratidão mabel.

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: