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Girassóis

um naco de poema sobrou-lhe da borda fria. sem importância pros olhos desatentos, mas não pros seus, sempre mergulhados noutr’os mundos menos visitados. descobriu  das vergonhas ruborizadas de um beijo de escaleta, d’um sopro-sussurro-arrepio de um cantinho da orelha esquerda de uma menina insuportavelmente amada e já vestida de campo de girassóis – acompanhas a beleza? tudo, no que parecia pros corações fortuitos, d’uma estação de terra seca, ele lambia cada lágrima e regava uma primavera sem fim. e unia uma a uma, aquelas sobras, por todo chão e pulsava d’onde via toda vez, outro pedacinho quando lhe sobrava… e a menina “insuportavelmente amada”? desfilava pros olhos dele, vestida dos retalhos-nacos de girassóis-poema…

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