eu, o xisto no profundo
invisível nisto tudo
um corte, o sangue
o gosto forte do mundo
a mesma farda acinzentada
no sujeito maltrapilho
eu, cara mal lavada
rarefeito, dor, sibilo
eu, voz embargada de doer
amor ao ponto de ser ocre
tempestade por des|merecer
hiato, crase, mínima parte
eu, lacuna de um todo
indivisível e quase nada
um misto de verdade e engodo
a dama, a presa, a fé enganada
Perfeito!
me identifiquei com essa parte:
“eu, voz embargada de doer
amor ao ponto de ser ocre
tempestade por des|merecer
hiato, crase, mínima parte”
E eu, bobo de todo por você aqui…gratidão viu?
Belo demais! Profundo demais! Dá vontade de ler, reler, ler novamente…
Ahhhh!!! Que maravilha isso; de pernas bambas aqui! Gratidão, gartidão! 🙂
Profundo…
Perfeito…
Eu a lacuna de um todo indivisível e quase nada…
Me vi em cada palavra…
Lindo caro poeta,essa tua sensibilidade é absurdaaaa!
E quando colocas um tanto de ti aqui, cresço em poesia India. Um bjão!