A coisa que sublima, que polida brilha, que traquejada melhor aparenta. O pouco que elogiado é luxo, que premia o esforço e por tal desempenho, coroado, é mérito. O mérito que rodeia o berço ou o mérito que carece de prece? A honraria que evita o brejo e estende um persa sob os pés dos prenomes e sobrenomes de poucos homens ou os calos que em nada premiam, mas lisonjeiros, reforçam a raça, a graça, as mentes da massa e a falta de dentes dos brasileiros? Talvez eu nem esteja aqui, não tenha voz, não me dêem razão, mas tenho identificação: sou barra, código de barras. Barrado e sem tratamento social, só me resta correr de um tiro, de um tira ou da própria ira, ou ainda da pira de enlouquecer. Aí é barra, vão me prender! A coisa que expande o universo, que traduz os meus versos, a humana curiosidade, são as mesmas coisas e só coisas, de universidade? Então é só lá que é mundo? Fora dali é sujo, fora do contexto não aprendo a crase e vou viver “à margem de”, na marginalidade? Quisera eu só entender, sou bom de prece e esforçado rezo, aos meus pares dos alambiques, dos quilombos, das sarjetas, dos guetos; eu rezo às mulheres pretas.
A coisa toda que polida brilha, os calos que endurecem a exaustão. As mentes que manobram não percebem? São criadores de ilusão. São, serão, sê, seria, um dia o que tu vês e o que tu desejas, também não te aparentaria?
Mas não reclamo só não. Também reverencio ao rei, à rainha e à toda a coroa; não me confundam, não sou bobo e cá de boa, vou aumentar a margem e levar dos irmãos a bagagem, tô só esperando a chance pra derrubar este portão.
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Ótimo Mestre!
Poxa, gratidão pela leitura, apreciação e tão particular apoio.
Forte abraço.