Dia desses, fui a um barzinho badalado no Centro de Itajaí. O objetivo era prestigiar a um amigo que faria uma apresentação no local ( quase sempre frequento os lugares optando por prestigiar os talentosos artistas da nossa região ).
De cara, fui abordado por um funcionário, quando adentrei a casa:
– “COMO FOI QUE VOCÊ ENTROU AQUI?”
Eu lhe perguntei quais eram as maneiras de entrar no bar. Ele insistiu e depois de perceber que tinha mexido com o “cara certo” veio me “explicar…“.
– ” É que ali nos fundos tem um muro que a gente tá pensando em aumentar…”
Para os amigos que se importam e também para aqueles que percebem esse tratamento mas não fazem nada a respeito.
20 de novembro de 1695 – morte de Zumbi, pela liberdade de todas as raças.
Por conta da DESORDEM, tenho que me explicar para evitar olhares POLICIALESCOS. É que NÃO esperam de mim discurso de fino trato, a julgar o FENOTIPO, o EXCESSO de melanina ou ainda, a ausência de um NARIZ ADUNCO. Em meio ao DESATINO instituído, dou-lhes condições de RESPEITAR as evoluções SUBSAARIANAS. Ofereço-lhes outra PERSEGUIÇÃO: luz, reflexão; pele CLARA, pele ESCURA… raças HUMANAS !
À minha PELE, toda a PUJANÇA de uma herança de ZUMBI. Todo o angor à minha pele QUILOMBOLA, velada ao ESCÁRNIO da história mal contada, mal retratada, maltratada, ETNOCENTRISTA. À minha pele PULSA a NEGRA COR, lançada ao verbo de toda LIBERDADE fugidia. Pele sem DIREITOS conformada COR, arestas aparadas à TODA COR . À minha pele REFUGIA-SE o “amparo” das COROAS EUROPÉIAS, nas ”inverdades”, de AMBRÓSIO ao QUILOMBO dos PALMARES .
Love this!
I am gratefull for that…
Oi Hang, eu gostaria de reblogar este post no meu blog dialogosessenciais.com. Você autoriza?
Paulo Martins
Olá Paulom, mas é claro! Feliz demais por isso viu? Agradeço!
Parabéns! Maravilhoso texto!
Agradeço a leitura e especial apreciação Aline. Legal demais você aqui 🙂