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A barbárie

alguns dos meus versos,
foram bestialmente decapitados,
no paçoheréticomunicipal.
ainda podem ser vistos por lá,
no lóbulo frontal da guilhotina.
sobrou pouca coisa da
utopia no passeio público,
e estes pularam escondidos,
protegidos por colchetes,
por entre páginas violentadas.
os usurpadores atacaram
covardemente; primeiro a liberdade
e depois, o concretismo.
pseudos, restolhos, ruídos;
entregaram os meus versos.
são o que são agora.
escondidos lá pras lonjuras
de eu-lírico-amordaçado.
fugiram o ancião e a estética.
fugimos da poética; eu e a arquitetura.

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