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Pitada

é sempre por entre os ecos que amo.

pouca luz, silêncio, sombras virtuosas.

é sempre a cúrcuma que me tempera.

sopro um balé anasalado e assanho

a dança do fogo; são segredos da vela.

aperto os olhos por uns três instantes,

abro-os feito espasmo, o mais rápido

que posso e tenho assim, raízes de sol.

por ser sempre amor, eu só troco o chão

por poesia e voo com quem ama.

crio chuva com o pólen das abelhas,

visto o amor da bonita roupa feita

pela velha aranha fiandeira,

que tece um mundo todo enquanto vive.

esta coisa que grita prosa em mim

e me lambuza de vida, parece querer

sempre exagerar em 50 anos luz

e mais duas porções para cair do prato.

 

é sempre por entre os ecos que amo.

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