é quase uivo e tortura: abafamos
misturamos digitais e apelos
eu, culpo a tua boca e tu
me culpas pelo precipitado impulso
enquanto nus, em pêlo
tudo fora do ritmo
descarrilhamos ao susto
à beira do nosso precipício
somos tratados como insanos
no mar em que afogamos
e que ousamos dizer que é nosso
dane-se! amamos mais
que a própria carne
por acreditarmos no que é divino
amamos hermética, pura
e demasiadamente
sem fôlego e até os ossos