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INJEÇÃO “DESGRAMADA”

“Porque mesmo na dor o ser humano consegue ser bizarro” – assim se nos é apresentado o Código 1, Crônicas de Plantão, do escritor catarinense Hang Ferrero, cuja letra tenho o privilégio de acompanhar já há algum tempo, invariavelmente, com o agrado da surpresa.

E eis que a surpresa se renova. Um livro enxuto, fluido, textos curtos ou curtíssimos, os quais podem ser lidos na totalidade em pouco mais de uma hora, como foi meu caso. E relidos na hora seguinte, sem ordem, indo e voltando, pulando folhas até, e quem sabe, na terceira hora também, recomeçar, indo e não mais voltando, esbarrando nos “causos” que o plantonista das letras e injeções nos aplica, com a leveza e graça de quem esbarra com a bizarrice da dor, e dela extrai, não humor tolo, gratuito, mas própria bizarrice das palavras quando encaradas com a mesma crueza e ambivalência de um Nicodemus, forte como um touro, com medo de injeção.

Esses “causos” foram meu caso, passei por eles, passaram por mim. E agora? Chamo o plantonista e digo: dotô, não me leve a mal, mas essa sua injeção de letra é “desgramada”.

Agradeço-lhe Hang Ferrero pelo envio e dedicatóra, reiterando meus parabéns.

Claudio Pfeil

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