eu, um crítico enlutado e taciturno, reiterando a fé nas minhas conversas comezinhas com o destino, que fingindo atenção, nem desdenha ou qualquer outra coisa que o valha e me aponta a morte de todos os meus esforços. bafeja à queima–roupa, os insucessos, na minha cara e cobra desistência pra quaisquer outras tentativas e apela pra minha dúvida, sabendo que “morte“, luta pra um diabo e juntas, se divertem com as migalhas da minha resiliência.
soa–me o pedido grotesco; sinto um medo inumano. aquelas não–vozes ecoam pra dizer não ser a hora, apropriam–se de todas as coisas que acreditava serem minhas, que agora, se apequenam – me iludia ao tempo em que fingia e mentia enquanto chorava; piedade, senhoras!
agora, insistem no desaparecimento não violento da minha voz e me cobram na entrada e não levo jeito pra dançar, então, mordem–me a pele insossa. as lágrimas escoam pelas ranhuras do que resta da existência.
