dia sim, dia não…
aspiro gás hilariante pra suportar a persona que me identifica entre os estapafúrdios
dia sim, dia não…
pra livrar–me das crueldades e optar covardemente pelo silêncio e não obstante, silencio
dia sim, dia não…
alves por parte de mãe, pra castrar um alves e enrubescer a vergonha de não lutar pelas grandes mulheres injustiçadas
dia sim, dia não…
pra ser todo ouvidos: síncope vasovagal, tilt teste, convulsão, zumbido e falta de atenção
dia sim, dia não
tenho a impressão de que tudo que é voz, é só a pequena parte que me cabe. falho miseravelmente,
mas prossigo
dia sim, dia não
reforço a importância do ócio e peço dinheiro pro investimento no ambiente proletariado
[ por pouco me safo, dia sim dia não ]
“Dia sim, dia não…” a gente tenta a vida…
Que maravilha, querido! Me vi ali… Esse é um dos poderes da tua poesia… ❤️
A gente segue né Helena? E tenta outras maneiras, porque só viver não basta… Grato amiga querida.
Só viver não basta, por isso, dos que nos querem impedir o gozo, nos safamos…
Já dizia um certo Zé [ o Celso ], “eu trabalho pelo ócio”. Nos safamos… Grato meu caro!