Texto pandêmico | renascimento

excessiva sofisticação da incivilidade e seus recortes igualmente catapultados. descortesia e todas as estupidezes. ganham coro tais técnicas que abrigam em meu coração, mais que um receio: uma camada mínima, um esbarrão, uma supina ignorância do verbo. tecnologias que abismam e escorraçam os traços afro-latino-americanos, retumbando com brusquidão o que há de mais bonito no pensamento, nas humanidades e nos seus entremeios, cobrindo-os de vergonha, enleando as rendeiras e as cantorias e as pontas cheias de história presas às coxas e estas, juntam-se aos temores; tudo agrilhoado nessa baixaria.

puta sacanagem essa de ser puta poesia na cama, na calma, na calmaria e, quando ama mais que o tamanho desse mundo, arde a água às costas e à gritaria; aí, tripudia a cachaça, o velho homem velho desde sempre e o velho hábito de atear fogo ao desconhecido e à coragem para descortiná-lo. este trôpego e desnecessário desajuste que deveria, nestes tempos, ater-se ao desuso, mas não; requer a graça, este estúpido; e vai até o púlpito pra massacrar as curandeiras e toda mulher que voa; isso sim que é putaria. um açoite, um acinte, um silvo frio de desproteger o útero, a tuba, o falópio e qualquer coisa que nasça pra ser bonito; qual seja.

ainda assim, toda bastarda sofisticação não basta pra implodir o poema. pra desqualificar a liberdade, precisa muito mais que força e, toda gama de morte nunca é fim; é luta e é sorte.