um ato reprovável lhe imprime culpa
e resulta no animal da fome e da dor.
agita-lhe cada músculo, pois bem;
mas não só: sangra também,
sagrada e reservadamente.
[ um arquétipo quase humano ]
irrigam-lhe contrações voluntariosas,
na tentativa de escapar
do ritmo da febre, que lhe
acentuam, primeiro a aura e depois os pelos.
e se vê reduzido a um medo bestial,
que lhe aprisiona às paredes duma
tacanha arquitetura desonesta e
muito próxima dos seus ossos;
todos retorcidos, cada qual, um a um.
a condição deste esqueleto,
lhe coloca sob sofisticada visitação:
então, aprende a silenciar o pulso,
nas noites frias e igualmente silenciadas.
nuh, recém descoberto, já padece,
revisitado por algoritmos,
da impiedosa nova arte social
Uau!! Forte, impactante, inquietante e lindo! Só vc consegue isso!! Ave, Poeta!! 🙌
Ah, que bom ler isso Helena; felizão da vida aqui. Gratooo!!!
🤩😘😘
Lindeza… 👏🙂
Poxa, brigadão!
Uau!! Forte, impactante, inquietante e lindo! Só vc consegue isso!! Ave, Poeta!! 🙌
Sei lá… De repente pensei estar numa cena épica, tipo Senhor dos anéis, ou mesmo trancado numa caverna da pré- história… sei lá, parece que a vida está sendo reescrita. Esse texto silenciou-me por completo. Bravo!
Da mesma maneira; tive uma epifania aqui – à partir da tua leitura. Coisa do “caboclo escrevedor” hehehe. Relendo, fiquei à caça do “eu lírico” pra disfarçar o meu assombro. Não é vaidade, é preocupação mesmo. O que me cura, são leituras como as tuas querido amigo.
Esse é o Hang, sempre uma boa leitura.
Tão bom você aqui… Grato Beta, pela leitura e a apreciação.