fbpx

Antropofágico

até tentei as farpas
precisou de muitas
pra doer tão pouco
eu sei que o rio
da carne é tinto

precisei da sangria
do arpão desatinado
pra rasgar o invisível
por nada […]
pois bem sei que
o rio da carne é tinto

rebati palavras duras
sem titubear
pr’alcançar a má persona
e odiar […]
e sei que o rio
da carne é tinto

pasmem;

devorei o plexo solar
rediscuti o cerne da matéria
feri a incauta generosidade
enfrentei a inominável dama
da morte que me propôs o
cessamento deste organismo
considerado vivo mas
não fui vencido e ainda
reconsiderei e pari outros
biomas deste orgulho

por saber, que o
rio da carne é tinto

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: