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O forasteiro

precedem de mim os ais da eternidade;

me são tão caros que me arrebentam

as fácies, as vontades e a superfície.

ouço o murmurar dos aforismos tristes.

sou o eco, o pranto e a sobra caída da divisão.

padecem de mim; a prece, o giz e o éter

e por tais coisas, ninguém me inveja

e por mais, ninguém se importa,

pois, não sou palavra; sou peregrino,

a lama e a perda do tato, o cansaço

e a enfermidade das lonjuras.

fenecem por mim os tais espectros,

escoados pelas tantas rupturas.

por abandonar minh’alma na partida,

não sei nomear as bênçãos de que careço,

então, despede-se de mim, a fé

 e, carecem de mim, tais “externidades”.

2 Comentários
  • Responder
    8 de outubro de 2021, 19:34

    Esta noite suas palavras entram na minha noite e me fazem companhia e me fazem vibrar. Posso finalmente entender as palavras que você escreve. Obrigado por essas palavras. Agora meu coração despertou e não vomita mais escuridão. Poeta boa noite.

    • Responder
      22 de outubro de 2021, 13:10

      Nossa! Tão bonito saber disso. Agradeço por compartilhar as suas impressões de maneira tão… libertadora. Para mim, é uma alegria imensa, saber que meus poemas podem levar certo alívio e me inspira a escrever para corações como o seu.

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