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Sátrapas

entre os bárbaros, o proxeneta pede a palavra na tentativa de justificar sua entrada no azul parnaso. deságua como a discutir o frágil fio de céu que tece a vida, no entanto, à virulência orquestrada, resta ao rufião apertar as próprias coxas até sentir ranger os dentes. ainda ensaia, o pobre diabo, um infrutífero esforço para pausar as denunciantes e assustadas mãos. “eis o alcoviteiro!”, gritam os outrora nominados nos seus negócios. vê-se a fúria apunhalar o céu. desliza vermelho o gosto garganta adentro, num aporte às palavras não menos esmagadoras.

2 Comentários
  • Responder
    30 de novembro de 2020, 17:04

    Teus textos são misteriosos enigmas e enigmáticos mistérios.

  • Responder
    27 de dezembro de 2020, 14:53

    Tem um misto destas coisas né? Não é esforço sabe? Só sei assim… Recebi críticas pelo “não encontro à comunicação”. Lembrei até do que já foi dito ao amigo rsrsrs ( “escreve desse ou daquele jeito” ). A poesia liberta!

    Abraços meu raro Estevam.

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