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Trechos da minha impaciência XVIII

não desejo a manipulação do meu espírito. preciso de um tempo
alargado no próprio tempo; peço que seja lento, ‘lentificado’,
para a reorganização e deleite do pensamento. estou
dispensando acordos mentais coletivos; quero-me são, disruptivo.

perdoem-me os perfeitamente adaptados; até vejo-os felizes e
por isso concluo: têm nada de errado; têm casa, lugar para ir
todos os dias, telejornais pipocando rosas de Hiroshima;
recolhem os frutos dos remédios, preferem-se remediados;
bálsamo para as cicatrizes.

já me chamam de louco por não andar nos mesmos círculos. querem-me quietinho num canto mas, não vejo canto, em círculos. querem-me mecanizado. Deus! como são quadrados!

não vejo nada de errado com o servilismo, mas deixem que me sirvo; se não aceito o que me dizem “isso é mais bonito”, porque que assim não vejo? deve ser culpa dessa minha preferência pelo protagonismo.

sou um organismo vivo. até entendo a pataquada capital que é o que me resta para ser aceito neste ciclo social, mas segundo minha consciência e meus livros, devo continuar assim e como tal, dando ouvidos, a este senso crítico, que por ser demasiadamente humano, deveria ser, demasiadamente normal.

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