solto o sopro-mundo d’onde vim
neste espaço entre os ais
espraio os vãos e os redemoinhos
pras tantas vezes que nasci
uma explícita rosa dourada
cria causos lá do alto do nascente
no cais, refletem os sóis
e rodopiam os botos reluzentes
e fogem os peixes num balé
e exibe o bico agudo
o intrépido mergulhão dos sais
e explica mansamente o velho
o desvelo da pesca ao filho
e eu; reflexo, narciso e parapeito
expiro o contraponto do verso
e crio odes dos instantes ‘lagunais’