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Trechos da minha impaciência XIII

Não gosto como Trista me vê; em verdade, como Jefren me
olha.

Não gosto do gosto daqueles pensamentos do Ankan, tão
pouco do histrionismo de Baran.

Não vejo graça na acidez de Bert, nem nos excessos de
franqueza de Biáscara.

Não consigo me ver nos olhos de Cástio, que não é o mesmo
jeito de Florinca, e que também e nem de longe lembra a
graça de Pérpetra.

Não me sinto confortável com esta ira, que também é minha;
empírica; antropologia.

Não sou reacionário e não gosto do paradoxo que instalaram.

Não gosto de como Moica me sitia e me soca o nariz quando
rememora.

Não gosto de Sinkra, ele me mata todo dia.

Não aprecio facada nas costas, por isso me posiciono à
direita de Destra.

Não milito só por Nortan, não defendo só por Molotov.

Não consigo frequentar os mesmos lugares porque não vejo só
pela ótica da negação de Terrax.

Mas tem coisa que gosto, no gosto de todo mundo que veste
certo, inverte e acerta.

Disse-me Alfaiátaro: “Mistura tudo e vá de azul e rosa.”

Tenho um amigo que me serviu de suntuoso afeto feito família
e olfato; eis os melhores dos sentidos da memória:

“Freud explica: denegação. Má fé: Sartre desmascara.”

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