Um tempo em que a chuva
provoca o devaneio do cheiro da terra,
o verde das folhas mais velhas,
pela ‘manha’ que se faz
até o anoitecer.
Em que riacho é o tempo
de amolecer a minha pressa
e raio é só o lusco-fusco do riso,
aquele brilho-barulho-todo
que carrega a graça toda que ensaio
e que também em mim se demora;
[ e que é reparo de todos,
porque cresce bem na minha cara ]
pois o tempo é brevidade e me pede
mais; para seguir eterno no espaço efêmero
e de novo eterno.
Por ser assim mesmo que nasce um planeta
novinho em folha na minha cachola e pela mesma
razão pede um proveito e tanto,
adicionado a minha gratidão, essa; eterna…