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Xoloni

rasgo todo dia
um peito de próprio punho
escrevo em sangue mulato
com camisa de algodão mulambo
calço sapatos menores
e toco em talos de espinhos e
com calos maiores
aperto o passo
quando posso choro escondido
pra raça que chicoteia
a minha carne pagã
e nesta selva
cada lágrima da minha seiva
escorre negra
pelos labirintos
da torre cristã

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