É sempre o caos que me cala, não o medo; mas a urgência aquecida do caos. O medo intimida, receia; o caos dá na cara. É imperativo e molda o nível mais fatalista da existência. O caos é consciência.
É evocação e me é íntimo e *adverso ( *senão não seria caos ) e sempre avesso.
Faz o tipo íntimo, e me lambe a rosto de cima pra baixo feito náusea, feito raio e chuva e avesso, qual lótus sem Shiva.
O caos é oco, é hiato, é salto sem borda e ainda belo. É Mergulho nas perguntas que já foram feitas e por isso, zombaria.
É sentido, impulso, sinestesia… O caos é poesia!
Recentemente assisti uma entrevista deste poeta, na qual afirmava ter o caos como inspiração…
Procurei num dicionário online significados para essa palavra. Um deles é: “Estado de completa desordem, confusão de ideias; amontoado de coisas que se misturam; desorganização mental ou espacial.”
Como tirar beleza da desordem?
Como encontrar poesia na desorganização mental ou espacial?
Caos é trazer confusão para o leitor, que muitas vezes busca respostas na poesia.
Caos é achar bonito a desgraça e não bater de frente com ela, colocando-a no seu devido lugar, que é fora das nossas vidas…
Não quero a poesia em que tudo termina bem, porque a vida não é assim.
Mas também não quero uma poesia que exalta a desordem…
Não, Poeta, caos não é Poesia…
Caos é o impulso que nos faz tomar decisões e mudar o rumo das nossas vidas.
Lindoooo!!
O caos é necessário ao equilibrio. Pode parecer um paradoxo, mas não é. O ponto é como lindamos com o caos e que proveitos existenciais tiramos dele. Parabéns pelo texro instigante.
Sempre fico todo bobo quando recebo coisas assim; especialmente bem “cumpliciadas”.
Gratidão por cada palavra tua, Márcia…