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O coração e o fazer poético

Esse coração, deu agora de apertar o passo, de correr de mim, de se afastar, nublar-se assim em si. Colocar-me junto à janela; deu de doer mais que antes.

Logo agora que a idade vem me construindo, produzindo cânions na estrada da minha pele pra justificar que trabalhei bem a herança das leituras dos meus amores. Meu coração transborda e transcende, logo agora…

Logo agora que posso manifestar meu desejo de vontades públicas, ele aperta só pra me ver doer e pede, solenemente, que se afastem de mim e se contorce em cardioversão; não quer ver ninguém morrendo junto desta prepotência torácica que me transformei.

Mas este coração, também é dado às surpresas da generosidade e apaga a lápide e me retoma das cavidades e agora, somos de um, um todo, persona de um só coração…

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