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Sutilezas V

Carrego a lembrança dos trovões, das janelas da minha infância. O prisma das enormes lamparinas à chuva. Em mim, as mesmas cores púberes, dos faróis que me orientavam na caminhada. A noite vaporiza meu rosto ainda e cada canto da minha energia e das minhas intenções. Sofro da síndrome da pele eriçada todas as manhãs.
É que tem tanta energia aqui dentro que lá fora tudo é possível nessa coisa do viver.
Reconheço, naturalmente, que já não chove mais tanto e tão bonito e; quando chove, nem sempre faz maravilhar meu rosto tanto quanto ainda, mas para o meu conforto, ainda vejo n’outros mestres, o brilho da possibilidade de alimentar este espírito em mim, e sigo catando e contando estrelas e uso da experiência dos bons conselheiros para me reinventar. Ofereço novas possibilidades para as mesmas asas.
É que gosto do gosto deste céu e do sabor desta mesma sorte.
Senhoras e senhores, peço-vos licença para me apresentar: eu sou a poesia.

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