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DNA

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Pra que lado jogo essas ideias todas? Esferografica ou datilograficamente, tudo me é corrigível, ao tempo que posso recorrer à lapidação dos pensamentos. Como a um ensaio e se saio por aí a falar, incorro ao risco de errar mais e mais e quilometrar. Por isso, isso tudo aqui; é isso! Como aquele osso bem cozidinho possível de roer da costelinha a despeito do meu aparelho ortodôntico ( já mencionei isso antes; é isso! ). Meu preto velho de tão preto me identifico como coisas de ácido desoxirribonucleico. Só ri! Sorri! E depois das risadas que já emolduram o canto da boca que vejo por baixo do cachimbo ( que palavra “bunita“: cachimbo! ), vem a me falar baixinho e aconselhar a mansidão do pensamento e da ação. Coisa que ele faz bem, pro meu deleite, da cor do leite dos fiapos caracóis daquela carapinha, que só eu vejo, mais ninguém – que privilégio! Assim transcrevo, auspiciosa e espiritualizadamente, como a me transformar cada vez mais no que vejo, pro meu enlevo, mais preto e mais velho a me identificar: DNA.

20 Comentários
  • Responder
    8 de junho de 2016, 22:24

    Se eu perguntar qual foi a motivação ou inspiração que o levou a escrever este texto, vai parecer estranho? Li e reli. Quero entender melhor 🙂

    • Responder
      8 de junho de 2016, 22:40

      Envaidecido, por seu interesse e não posso me e não posso me furtar da oportunidade: ontem participei de um Sarau e declamei um texto que também está aqui no blog – Pensava Jão – e uma amiga ficou… encantada e se identificou de tal maneira […]
      Não deu outra! A emoção dela me “inquietou” sobremaneira, pela mesma razão “autobiográfica”, por assim dizer…bjooo

  • Responder
    8 de junho de 2016, 22:31

    Eita que zinfio falou tão bonito que veio veio cá espiá, sabe que tem pito tem gosto e veio adora um pitar. Sabe fitito, as coisas belas são assim saem da alma de dentro da gente e isso fitito sabe, deixa o veio aqui muito contente.
    Lindo meu irmão, adorei passear e respirar sua inspiração. Gratidão! 🙂

    • Responder
      8 de junho de 2016, 22:44

      Eita que isso aqui é bão demais! Tô aqui na minha macaia espiando vosmecê pitar zinfio. A macaia é sua visse?
      Abração irmãozinho!

  • Responder
    8 de junho de 2016, 22:32

    Republicou isso em FALA ABERTAe comentado:
    Amo as coisa de veio! <3

  • Responder
    9 de junho de 2016, 10:34

    Que texto excelente! É poesia demais para um texto só! ♥

    • Responder
      9 de junho de 2016, 13:35

      Ahhhh que maravilha isso Barbara! Gratidão viu?:)

  • Responder
    9 de junho de 2016, 11:58

    Interessante! Parabéns.

    • Responder
      9 de junho de 2016, 13:34

      pOw! Agradecido pela visita e apreciação caro amigo…

  • Responder
    9 de junho de 2016, 13:53

    Preto Velho ahhh especialistas em reflexão, nunca se sai de uma consulta de um Preto-velho de Oxum sem um minuto que seja de pensamento interior. As vezes é comum sair até mais confuso do que quando entrou, mais é necessário para a evolução. Sinto o aroma das ervas queimadas em seu cachimbo tomando conta do ar… <3 Bjs Bjs

    • Responder
      10 de junho de 2016, 14:16

      Como diria um amigo: “cheiro de coisas do céu” … gratidão sua linda, gratidão!

  • Responder
    9 de junho de 2016, 15:22

    Ufa! Esse texto é de gastar sinapses…

    • Responder
      10 de junho de 2016, 14:15

      Wow! Gratidão por essa devolutiva tão generosa! Forte abraço!

  • Responder
    9 de junho de 2016, 18:32

    Dizem que numa certa cidade, no fim da rua onde poucos passavam, havia uma casa e lá vivia um velho, calado, misterioso. Diziam que ele falava com as estrelas. Sei não, do jeito que andava envergado, mais parecia falar com as raízes sob seus pés.
    Diziam que ele era preto. Mas, preto não é raça, é cor. Mas o povo dizia que ele era preto e que andava com um negócio no canto da boca, talhado de uma raiz de roseira e que soltava fumaça. Uns diziam que fedia, outros, que parecia cheiro de coisa do céu.
    O preto era velho, tão velho que sua cabeça mais parecia um botão de algodão Seridó.
    O preto velho tinha um cão: Ximbo. Fiel, dedicado, silencioso e desatento.
    Um dia, o velho ganhou um osso enorme no açougue, que o açougueiro generosamente, reservou com um monte de nacos de carnes. Era pra Ximbo.
    O velho chegou em casa e chamou seu cão: Ximbo! E nada.
    Tentou o quintal dos fundos: XIMBO! Nada.
    Puxou um banquinho e olhando por cima do muro viu seu cão: VEM CÁ, XIMBO!
    Agora, dizem que aquele era o nome do cachorro. Mas, outros, metidos a espertos, afirmam que caximbo era o nome daquele negócio que o preto velho levava no canto da boca, que soltava fumaça feito coisa do céu, quando falava com as estrelas .
    Só não souberam me dizer porque com “X” e não com “CH”.
    Sei lá, é o que eles contaram…
    Parabéns Hangão! Você sempre demais!

    • Responder
      9 de junho de 2016, 21:47

      O que temos em comum; você, eu, o Ximbo e aquele preto velho…nossas “coisas do céu”. Um Hangão de olhos de rio, aqui…

  • Responder
    13 de junho de 2016, 20:04

    Tá lá! E de todas estas figuras que circulam o imaginário, ou a espiritualidade, não é que a do Preto Velho é a que mais admiro?! Me passa a sensação de ser vivido e experiente. Pessoa do bem que sabe as malandragens, mas não as usa com má intenção. Gente boa, é boa mesmo e não por desconhecer o mau, mas por exatamente por isso ter a convicção em permanecer do lado bom! Sensacional, meu amigo! 🙂

    • Responder
      14 de junho de 2016, 16:53

      Sempre enriqueces quando passas por aqui caro amigo. E vejo exatamente assim a figura do preto velho também. Ele não desiste do bom nem do bem. Gratidão parceiro! Abraços!

      • Responder
        14 de junho de 2016, 23:41

        Estamos nessa corrida aí! Do bem, das letras, dos contos sem fim! Que consigamos encantar alguns poucos e enobrecer esse mundão… nem que só um pouquinho! ! 🙂

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