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O blefe

camisa de força

às vezes, é da dor
que se alimenta
cada coisa minha
é na tempestade
que repousa minha
(in) sanidade
é da recusa
que me esforço
tanto à escuta
inda que sofra tanto
por tantas cousas
é pro ímpeto
que sorrio
e meu corpo fala
e responde tonto
pois percebo errar
nos outros
as minhas dores
sou o contexto
do universo
o meu, universo
e aqui, tudo é…
arrebatador e fico
mais um tanto
até coçar
as pálpebras
e molhar
as minhas narinas
e ali, fico
um tanto dor
um tanto tonto
dois tantos louco

Nenhum comentário
  • Responder
    8 de março de 2016, 22:38

    Oh louca habilidade perceptiva! <3

  • Responder
    9 de março de 2016, 11:29

    Faz lembrar de uma famosa frase do cinema: “Olá! Estranha!”. Dita para si mesma…

    Hummm! Então num póquer… olharei para suas narinas 😀

    Gostei do texto! 🙂

    • Responder
      9 de março de 2016, 15:41

      Essa eu vou anotar hahaha… te vejo no jogo baby… abração Lella!

  • Responder
    9 de março de 2016, 16:25

    que lindo.
    E doloroso tbm

    • Responder
      9 de março de 2016, 22:27

      Obrigado pela leitura e feliz comentário Andréia… tem tristeza sim e beleza nos processos da vida né? Abração! 🙂

  • Responder
    10 de março de 2016, 01:57

    É percebendo a dor que nos tornamos fortes sem ser insensíveis.

    • Responder
      10 de março de 2016, 13:14

      A dor é necessária nos processo do preparo à vida e, nos molda e fortalece também… obrigado Aparecida Dias, pela leitura e disposição para com este meu cantinho…:)

  • Responder
    14 de março de 2016, 13:05

    Super lindo o que você escreveu.

    • Responder
      14 de março de 2016, 13:13

      Ô querida Virginia, gratidão por isso viu…:)

  • Responder
    14 de março de 2016, 23:00

    Sempre me amarro na camisa de força invisível,pensamentos quentes que afloram estranhos , sem ter conhecido de perto a dor que te assalta,penetra fundo bem fundo e choro sem saber ! Lindíssimo. ..

    • Responder
      15 de março de 2016, 18:45

      E essa tua “narrativa poética” foi de tão boa que acredito “louca”, de camisa e tudo, de se “amarrar” e tudo, tudo Olga!
      Por você aqui, gratidãããooo!!!

  • Responder
    22 de março de 2016, 03:38

    Perfeito, principalmente por ser essencialmente existencialista, assim também notável em alguns dos meus poemas; reflexivo de uma amargura e um tom nítido de um limite próprio, um reconhecimento de capacidade numa estrutura geral incapaz, um conflito do progresso e retrocesso, respectivamente das idas e vindas. Ênfase do mundo que gira, percepção de resultados que por mais fossem repetidos na probabilidade tendenciosa à sorte, se manteria indignado/insatisfeito pela dor do tempo.

    • Responder
      22 de março de 2016, 11:52

      Ahhhh! É dessas naturezas que se alimentam os estímulos da nossa inquietação, precisamos disso, para o primeiro e o próximo passo! Preciso agradecer a tua gentileza em colocar aqui a tua análise, tão favorável ao meu alimento caríssimo amigo…ainda acredito na humanidade, poeticamente falando e ali, na poesia repousa minha preocupação ( assim, também observado na tua, como bem dizes ).
      Gratidão! Grandes dias M.Lavinhatti.

  • Responder
    26 de maio de 2016, 16:21

    Belo poema. Perfeito. Parabéns.

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