estamos sós. os dispositivos de controle das aspirações hegemônicas não atendem mais as nuances das barganhas coletivas, levando a aldeia global para o labirinto da incompreensão existencial, aliás, esta, não aparece em destaque nas manchetes dos sapiens, ou quando manifestada, vem decisiva e elaboradamente travestida de qualquer irresistível oferta e pede solenemente para “apertar–se o link”, atendendo às novas desnecessidades humanas. nada que range assim, descarrilha inocentemente. os indicadores culturais, sociais, geográficos, filosóficos, religiosos e políticos, não atendem mais ao espectro da existência humana, no âmbito do pertencimento e estes, foram substituídos pelo bioma econômico, que vorazmente, na contemporaneidade, se apresenta como a nova revolução, sustentada pelos tentáculos das tecnologias de massa; mídias de comunicação e redes sociais. excesso de liberdade ou excessivo ocidentalismo/capitalismo dominante? o imediatismo é a nova onda do rei, catapultando o consumo desenfreado e colocando o extrativismo global a serviço da hedonia temporária humana. se estamos caminhando aos pares sobre o gelo fino, para sobreviver, aviltar é condicionante, precisamos dar de tudo, abandonar “o outro”, permanecermos céleres e engajados. a autorrealização vem sendo estimulada na pós–modernidade, por isso, o equilíbrio entre quem somos e o que precisamos fazer aqui, não é mais sustentado criticamente. a ciência está a um passo do abandono e o elemento humano, num descontínuo, ou seja, temos a falsa sensação de que estamos a uma medida da autonomia, mas em verdade, estamos fragmentados em tantas personas que para cada uma delas, traçamos esforços desumanos, ou desumanizados, se preciso for. pertencer, nos dias atuais, é sinônimo de luta por aceitação. por fim, que não o seja: somos mesmo, herdeiros da frustração?
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