Sabe a coisa do tempo? Tenho organizado o ponteiro dos relógios para estes escritos, como uma saída para a saudade. Não tem funcionado muito bem, possivelmente pela relação ingrata que tenho com este “senhor de todas as coisas”. Mas de tudo o que rememoro, o que mais emoldura esta linha tênue da consciência sã, é a ausência.
Acredito que tenhas razões para acreditar que eu esteja afastado tempo demais para não me reconheceres como parte de ti e te sugiro o exercício do possível equívoco: estou em ti para o sempre, ad aeternum, porque aqui, em mim reside um coração que lapida todas as coisas neste peito, também, desde sempre.
Sabe? Nós, os adultos, somos feitos de coisas reais, entre estas, o sofrimento. Sim, é também da dor, que é feita a
estaca que impõe um quê de calor à emoção trazida à luz da idade. Se pareço, até aqui, um tanto prolixo, é que invento maneiras de ter algo que possa trazer-te magia, e de volta, pois, vive aqui este desejo e por isso, recorra à precisão do meu sentir, sinta…
Preciso de mais que um par de horas contigo. Venha me visitar mais vezes, neste peito meu, sei que é possível se assim desejares e tudo aqui remete ao desejo e, pela mesma razão, reconheço que precisavas que a nossa relação não fosse estimulada pela borda fria.
Tolice minha, mas fui forçado a pensar, por conta da velocidade dos dias, que precisavas recorrer, de quando em vez, de qualquer medida de afastamento, para que a tal “consciência” pudesse enfim, ser alimentada por tais “saudades”. Se estas, ainda estiverem aí, como estão aqui – e em caso positivo, te peço: não desista de habitar o que sempre foi a tua morada, pois te amo mais que tudo neste mundo, infância minha.
Lindo lindo, como tudo que você cria amigo Hang! Parabéns!!!
sempre lindo você aqui lu, gratidão pelo carinho.
Fala sério, fi… Como vc não tem dó da emoção da gente e vai dizendo essas coisas aí? Meu Deus, quanta lindeza!
Demais da conta! Sou fã de gargarejo! E quero ouvir isso de pertinho, viu? ❤️